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quarta-feira, 4 de junho de 2014

EXISTEM ATEUS?

Deus é um conceito incognoscível, inexplicável, incompreensível ao nosso intelecto. Se estiver além do nosso intelecto, não podemos afirmar se existe ou não. Assim, um ateu de Deus (o conceito, e não uma divindade específica), na verdade é uma pessoa de fé (um crente, que acredita em algo que não se pode provar – a existência ou a não existência de Deus), porque é preciso ter fé de que Deus (o conceito) não existe, tal como é necessário ter fé de que Deus (o conceito) existe. Acreditar ou não, na existência de Deus (o conceito, e não uma divindade específica), automaticamente te transforma em um crente (alguém que acredita em algo que não se pode provar). O conceito de Deus está além de quaisquer especulações, como prova matematicamente o Teorema de Incompletude de Kurt Godel (pesquisar para ter mais detalhes).

Agora, ser ateu de “um deus” significa não acreditar em uma divindade específica, ou em divindades e religiões em geral, ou seja, não acreditar no que é dito por homens acerca do conceito incognoscível “Deus”. Por exemplo, se Moshê (Moisés) disse que falou com “Deus”, e que “Deus” disse que seu nome é YHWH, e que mandou fazer isso e aquilo, ele está personificando e dando características a um conceito ininteligível (Deus), ou seja, está transformando o conceito “Deus” em um “deus” específico. É como alguém aparecer e dizer que descobriu a explicação para a Eternidade, e começar a dar explicações metafísicas. O ateu pode simplesmente não acreditar nisso, por falta de provas. Porque se Moshê diz que isso ou aquilo aconteceu, ou se o metafísico diz que é assim e assim, cabe a eles provarem isso, e não ao ouvinte provar que eles mentem.


Por isso, em relação a conceitos incognoscíveis, como “Deus”, “Eternidade”, “Infinito”, “Nada”, você só pode ser agnóstico, ou crente, seja na existência ou na inexistência deles. 

A LÓGICA DO "DEUS DESCONHECIDO"


Acreditar em uma divindade específica que não seja o Deus Único, ou seja, a fonte de toda a existência, a fonte de toda informação que estava contida antes do Big Bang (seja essa fonte racional ou não), é uma forma de ateísmo. Deus (o conceito) é ininteligível, incognoscível, e não se pode utilizar a lógica humana para compreendê-lo. Qualquer tentativa de humanizá-lo, caracterizá-lo, dizer que ele fez isso ou aquilo, que ele pensa assim e assim, necessita de provas. Não podendo provar nada que se diz acerca de "Deus" (o conceito), altamente a sua tentativa de "explicar" ou de "caracterizar" Deus "prova" que o seu "deus" não existe. 

Milhões de pessoas tem caracterizado "Deus", por não compreenderem "Deus" (o que é impossível), e adoram o que chamam de manifestações dele (através de milagres, testemunhos, homens iluminados etc.), e criam religiões baseadas nessas manifestações. Mas qual destes está certo? Um ateu diria: "todas". E ele não está errado. Em sua ironia, talvez sem mesmo saber a profundidade do que diz, ele está afirmando que se cada "religião" afirma ser a verdadeira, e considera as outras como falsas, automaticamente todas as religiões se anulam. 

Se uma só religião estiver certa, e se essa não consegue explicar "Deus" (que é impossível), mas explica uma manifestação de "Deus" (uma divindade específica), então precisamos ter fé em determinado testemunho (que deu origem a essa religião), então o crente não acredita em "Deus", mas no testemunho de determinada religião (seja através de um iluminado, profeta ou enviado). 

De fato, precisam ler a história do "Deus Desconhecido" de Epimênides, que da ignorância e humildade encontra verdadeiramente a "Deus". 

Deveríamos ser mais humildes acerca da nossa ignorância, e não podendo compreender o conceito incognoscível "Deus", sendo todos nós originados da mesma fonte de existência (seja o "Nada", a "Eternidade", o "Infinito", ou o "Sempre Existiu", conceitos também incognoscíveis e que também significam "Deus" - a causa ou o que contém a existência), e nada podendo fazer para retribuir essa dádiva de "existir", deveríamos no mínimo aceitar de bom grado esse "presente", e valorizar a nossa existência e a existência do nosso próximo. Desse sentimento de gratidão, nasce a verdadeira "religião" (na verdade, a verdadeira comunhão com "Deus"), e para praticá-la não precisa ter fé, ser crente em uma divindade específica ou religião, sendo "ateus" ou "crentes", todos podemos ser "Filhos de Deus":

"Nisto são manifestos os filhos de Deus, e os filhos do diabo. Qualquer que não pratica a justiça, e não ama a seu irmão, não é de Deus" (1 João 3:10).

AQUI JAZEM OS DEUSES MORTOS!

O CEMITÉRIO DOS DEUSES

Você conhece o cemitério dos Deuses?

 “Aqui se encontram os túmulos de milhares de Deuses mortos.
Uma vez adorados por civilizações inteiras, agora apenas mitos.”


Uma instituição agnóstica teve a interessante ideia de criar lápides mostrando os milhares de Deuses que já existiram e sucumbiram com o tempo, grandes verdades que moveram nação hoje não passam de mera mitologia em livros de história, e pensar que pessoas já dedicaram suas vidas seguindo suas doutrinas e até morreram por eles. As crianças aprendem hoje que isso é mera fantasia, mas e daqui a 5 mil anos, quais serão as fantasias?


E deixo vocês com a pergunta:
Será a religião de hoje a mitologia de amanhã?
Fonte: umsabadoqualquer.com
RESPOSTA:
Certa vez um certo fariseu chamado Gamaliel, da Casa de Hilel, doutor da Lei disse acerca dos apóstolos de Cristo:
"E agora digo-vos: Dai de mão a estes homens, e deixai-os, porque, se este conselho ou esta obra é de homens, se desfará,
Mas, se é de Deus, não podereis desfazê-la; para que não aconteça serdes também achados combatendo contra Deus" (Atos 5:38-39).
Há mais de 5.000 anos, entre Egito, Babilônia, Assírios, Médio-Persa, Grécia, Roma, Idade Média, Revolução Industrial, Iluminismo etc.., o Deus de Israel afirma: "Eu sou o Eterno vosso Deus, e não há outro Deus além de mim"...
Todos os deuses estão enterrados, mas o Eterno de Israel permanece para todo o Sempre

O CRISTIANISMO COMO GNOSTICISMO DE DOUTRINA E INFORMAÇÃO!

Extraído de: caiofabio.net


Nunca consegui entender que sentimento era aquele que fazia os homens declararem que outros humanos estavam no inferno porque não são da sua religião ou da sua cultura, ou mesmo por nunca terem ouvido uma dada informação gnosticamente salvadora.

E quando você vê uma certa alegria vitoriosa na cara da criatura que faz a condenação?...

Provavelmente trate-se da mais profunda expressão de sadismo, da mais horrenda forma de ânsia de poder, da mais desumana manifestação de arrogância, e da mais satânica de todas as afirmações auto-glorificantes!

Dizer que alguém foi para o inferno porque não conheceu uma certa informação ou doutrinação é a maior expressão do mais DOGMÁTICO GNOSTICISMO!

Sim, é salvação pela iluminação de certo conhecimento objetivo, com nome, endereço, geografia, histórica, moral, cívica, e um bocado de outras coisas! ...

Então alguém diz: Mas é pela fé! Não pelo Conhecimento!

Claro que é! Mas se a fé tem que ser produzida por uma Informação histórica, então essa fé é apenas conhecimento, ou seja, gnosis; e, portanto, sendo doutrina que ilumina, é gnosticismo, e não fé.

A fé precede a Informação, embora a fé venha pelo ouvir; e o ouvir a Palavra de Deus!
E como pode ser então?

Ora, a Palavra de Deus não é uma Informação apenas. Informação ela até pode ser, e é também, mas numa escala infinitamente inferior ao que ela é de fato. Sim, pois a Palavra de Deus é Deus, é Pessoa, é Amor, é tudo o que Deus é.

Assim como tudo o que existe, existe da e pela Palavra, do mesmo modo tudo o mais é Palavra de Deus, e somente Deus pode dizer o que não é Palavra Dele.

Eu vejo a Palavra muito mais do que a ouço. Sim, pois ela sempre é mais encarnação do que explanação.

Foi tendo essa noção de Palavra que Paulo usou o Salmo 19 em Romanos 10 ao fazer a Natureza/Criação [salmo 19] proclamar a Palavra de Deus salvadora até aos confins do mundo. De tal modo que até os sem informação não ficariam sem noção.

Ora, quem tem a informação tem que confessar a fé com a boca, crendo no coração, conforme Paulo declarou. Mas quem tem a Palavra sem a informação, esse manifesta a sua fé pelas suas obras, posto que ele não tenha a informação que o faça dar explicação à força de suas certezas imponderáveis e inexplicáveis. Então, por suas obras e prudências e manifestações de amor, ele declara a sua fé, conforme Tiago declarou.

Jesus deixou claro em Lucas 13, Mateus 7 e 25, por exemplo, que os que recebem a informação e o ensino, mas que existem apenas da crença acerca de que ensino e informação são as garantias -- ficariam de fora.

Em Mateus 25 Ele diz que foram os que não dispunham de qualquer simbolização "de Jesus", que fizeram o bem sem saber ou o associarem a Ele, esses eram os que seriam os benditos, pois Ele disse: "A mim o fizeste". Não que não haja muitos e muitos benditos que saibam da informação, e, por isto, sinceramente, façam o bem segundo o Evangelho como o mais consciente de todos os privilégios.

Todavia, o que se pode dizer é que tanto nas Parábolas, quanto também na Escatologia de Jesus, quem mais corre perigo é quem diz ter a Informação, a Gnosis salvadora como doutrina, a certeza de serem "os filhos do reino".

É impossível ler-se com honestidade humana os quatro evangelhos, observando os modos de Jesus, os tratos de Jesus, e os Seus ensinos, todos coerentes com Seus modos, jeitos e tratos humanos, e não admitir que digo a verdade.

Ora, chegamos de onde partimos: O que pode gerar tamanha maldade humana tão perceptível no prazer mórbido confesso na sentença ao inferno para o próximo diferente de nós?

O pecado de satanás foi de natureza soberba, gnóstica e narcisística. O poder como conhecimento superior ou qualquer coisa superior, produz tudo o que em satanás o fez tornar-se diabo.

Ora, por isto o conhecimento, a gnosis da fé em Jesus, não é uma Informação primariamente, mas uma formação, uma boa terra que antecede a semente/informação.

O conhecimento salvador decorre da experiência com o amor de Deus expresso como fruto de amor, alegria, paz, bondade, benignidade, longanimidade, mansidão e auto-controle; coisas essas contra as quais não Lei e, digo a você, nem Doutrina alguma.
Um dia ou naquele Dia você me entenderá!

Nele, com toda a eternidade como testemunho no amor,

Caio
15/08/2013
Copa.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

TESTEMUNHOS

“Eu vivia uma vida boa, de príncipe, até cometer um crime para salvar alguém do meu povo. Aí virei fugitivo, e encontrei Deus. Ele me nomeou seu representante, e libertei meu povo da opressão, para os conduzir para a terra que Deus nos prometeu. Mas dali para frente foi só reclamação nos meus ouvidos, murmurações, décadas no deserto, guerras que vencemos, e mais reclamações, e eu tive que aguentar esse povo, intercedi por eles e eles ainda se colocavam contra mim, até que perdi a paciência, e depois de tanto andar, de tanto lutar para chegar à terra prometida, de tanto suportar esse povo, por causa do meu pecado Deus me negou esse direito, e só pude ver de longe”. – Moisés.

“Ele sempre foi justo e bom, sempre deu o seu melhor para Deus, e como recompensa por Deus se agradar dos seus sacrifícios e do seu coração, foi assassinado pelo próprio irmão, sem deixar filhos, descendentes ou herança” – Abel.

“Ele foi cheio do Espírito Santo desde o ventre da mãe, e desde cedo se dedicou a Deus. Levita e filho de sacerdote, abandonou o privilégio de serviço no templo para pregar no deserto, vestido de peles, comendo gafanhotos e mel silvestre. Foi chamado de profetas por uns, e herege por outros. Mas conheceu o Salvador, e o batizou. Seu final? Passou seus últimos dias na cadeia, e teve a cabeça cortada e servida em uma bandeja”. – João Batista.

“Ele era cidadão romano, educado aos pés de Gamaliel, um rabã e membro do Sinédrio, fazedor de tendas, ainda jovem, tinha um futuro promissor, defendia sua fé com garras e dentes e tinha autoridade concedida pelo Sinédrio. Mas finalmente encontrou Jesus. A partir daí, começou a pregar o evangelho, converter milhares de pessoas, e fazer prodígios. Mas para ele mesmo, a vida trouxe perseguição, surras, diversas prisões, falsas acusações. Vivia lutando contra um espinho na carne do qual Deus não o livrava. Diferente dos outros apóstolos, não vivia do dinheiro arrecadado, mas trabalhava para o seu sustento, e alguns ainda duvidavam do seu apostolado. Terminou seus dias preso, e foi condenado à morte”. – Paulo.

"Ele trabalhava como pescador, conheceu Jesus Cristo, que em uma pescaria mal sucedida, fez um milagre que lhe rendeu tantos peixes como nunca antes em sua vida de pescador. Qualquer um, andando com alguém capaz de "alavancar" assim os negócios, pensaria que muita prosperidade viria pela frente. Mas ele abandonou tudo para seguir Jesus, ao ponto de não ter nem ouro nem prata para dar a um MENDIGO. Fez muitos prodígios e milagres, foi chamado de herege, perseguido, preso, açoitado, e terminou seus dias preso, sendo depois executado". - Pedro.

Essas quatro pessoas que deram o testemunho aqui, com certeza não poderiam dar esse mesmo tipo de testemunho em muitas denominações.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

"DOM DE LÍNGUAS" - UMA VISÃO PRÁTICA

"DOM DE LÍNGUAS" - UMA VISÃO PRÁTICA
Fonte: http://biblia.com.br/perguntas-biblicas/dons-espirituais/dom-de-linguas-cd/

O Dom de Línguas tem sido incompreendido pelos sinceros irmãos da atualidade. Há mesmo quem afirme que os que não falam em “Língua Estranha” são crentes incompletos, cristãos de Segunda classe. 

Asseguram outros que a única prova de ser batizado com o Espírito Santo é falar “Língua Estranha”.
1. DEFINIÇÃO: Segundo a Bíblia, Dom de Língua é a capacidade de falar outra língua conhecida, com o objetivo de anunciar as Boas Novas da salvação em cristo ao mundo. 

Mateus 28:19,20 diz que devemos “ensinar as pessoas a guardarem todas as coisas”… Observe que para ensinar é indispensável conhecer a língua falada do estrangeiro. “A manifestação do Espírito é concedida a cada um visando a um fim proveitoso”(1 Cor.12:7).Concluímos obviamente, que o falar em língua tem que ter uma utilidade, tem que ser ao menos inteligível. Esta experiência autêntica aconteceu com os discípulos por ocasião do Pentecostes. 

Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; de repente, veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados. E apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como de fogo, e pousou uma sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem. Ora, estavam habitando em Jerusalém judeus, homens piedosos, vindos de todas as nações debaixo do céu. Quando, pois, se fez ouvir aquela voz, afluiu a multidão, que se possuiu de perplexidade, porquanto cada um os ouvia falar na sua própria língua. Estavam, pois, atônitos e se admiravam, dizendo: Vede! Não são, porventura, galileus todos esses que aí estão falando? E como os ouvimos falar, cada um em nossa própria língua materna? Somos partos, medos, elamitas e os naturais da Mesopotâmia, Judéia, Capadócia, Ponto e Ásia, da Frígia, da Panfília, do Egito e das regiões da Líbia, nas imediações de Cirene, e romanos que aqui residem, tanto judeus como prosélitos, cretenses e arábios. Como os ouvimos falar em nossas próprias línguas as grandezas de Deus? (Atos 2:1-11 RA).

O Relato mostra que o Dom de Línguas foi dado para evangelizar. No verso 6 declara que “cada um ouvia falar na sua própria língua” e no verso 8 ainda confirma: “e como os ouvimos falar cada um em nossa própria língua materna?” E pela terceira vez exclamaram os estrangeiros: “como os ouvimos falar em nossa própria língua as grandezas de Deus ?(Verso 11). 

Havia naquele lugar mais de 16 nações diferentes. Os Apóstolos não tinham tempo e nem uma escola para aprenderem todos aqueles idiomas. Você percebeu? Houve uma “NECESSIDADE” de pregar o evangelho; por isso, o Senhor deu-lhes o dom. Note que os discípulos não falaram palavras ou sílabas sem sentido. Eram compreendidos em outros idiomas. 

Há 2 aspectos importantes ao analisarmos o Dom de Línguas em Atos 2:
a) Teve um propósito de evangelizar os estrangeiros. A finalidade era a edificação dos crentes e o desenvolvimento da causa de Deus;
b) Foi compreendido por todos. Não eram expressões ininteligíveis ou que provinha de algum êxtase sentimental descontrolado.
Atos 2:22-36- A mensagem de Pedro centralizava-se em Jesus.
Atos 2:41- Observe que houve resultados. Batizaram-se 3.000 pessoas.

Vejamos o texto de 1 Coríntios 14:6-9 RA:
Agora, porém, irmãos, se eu for ter convosco falando em outras línguas, em que vos aproveitarei, se vos não falar por meio de revelação, ou de ciência, ou de profecia, ou de doutrina? É assim que instrumentos inanimados, como a flauta ou a cítara, quando emitem sons, se não os derem bem distintos, como se reconhecerá o que se toca na flauta ou cítara? Pois também se a trombeta der som incerto, quem se preparará para a batalha? Assim, vós, se, com a língua, não disserdes palavra compreensível, como se entenderá o que dizeis? Porque estareis como se falásseis ao ar.

Paulo continua enfatizando a necessidade de expressar-se de maneira inteligível. “Assim vós, se com a língua não disserdes palavras compreensíveis, como se entenderá o que dizeis? Porque estaríeis como se falásseis ao ar”.(Ler também l Cor. 14: 18,19,23.). 

Concluindo, diríamos que o dom de línguas é um dom válido desde que a língua seja inteligível, compreensível. Este Dom não pode ser usado para orgulho pessoal. O dom de línguas é concedido para evangelizar outras pessoas de outras nações que não conhecem a Cristo. 

2. A Bíblia apresenta seis regras a serem seguidas quanto ao Dom de Línguas:
a) No máximo 3 pessoas devem falar;
b) “E isto sucessivamente”.(Verso 27). Isto é, um de cada vez, não dez ou vinte falando numa só vez;
c) Deveria haver tradutor. (intérprete) –l Cor.14:28.
d) É entendido por todos. (Atos 2:9-12).
e) Edifica a Igreja (l Cor. 14:5,26).
f) É enriquecido pelo amor ( l Cor. 13:1e 9). 

Os Cristãos de hoje ferem estas seis regras frontalmente. Em muitas congregações, por exemplo, há certo número de pessoas e todos querem falar ao mesmo tempo. Não pode haver intérpretes porque os que falam não sabem o que estão falando. 

OBSERVAÇÃO: Porque utilizar o dom de língua no Brasil se todos falam o português?
Em l Cor. 14:33,40 diz que “Deus não é de confusão e sim de ordem e paz. A obra de Deus sempre se caracteriza pela calma e a dignidade. Havendo muito barulho choca os sentidos.(Leia Mateus 6:6 e Salmo 139:1-6). Deus não é surdo. 

3. O Espírito Santo somente é concedido aos que “OBEDECEM” ( Atos 5:32). Será que os que se dizem possuidores do Espírito Santo guardam todos os mandamentos de Deus? (Veja Tiago 2:10).

4. O fato de alguém falar em línguas não é prova de ser batizado com o Espírito Santo. A bíblia apresenta diversas pessoas que receberam o Espírito Santo, contudo, não falaram em línguas. São elas:
 Os samaritanos.(Atos 8:17);
 A virgem Maria.(Lucas 1:35);
 Estêvão.(Atos 6:5;7:55.);
 Saul, o primeiro rei de Israel.(l Samuel 10:10);
 Gideão, juiz de Israel (Juizes 6:34);
 Sansão, outro juiz (Juizes 15:14);
 Zacarias, pai de João batista. (Lucas 1:67);
 Bezalel, em tempos remotos (Êxodo 31:1-3);
 João Batista e sua mãe (Lucas 1:15 e 41);
 Os sete diáconos.(Atos 6:1-7);
 Jesus Cristo (Lucas 3:22).

Vemos que Jesus nunca falou em línguas. Será que ele não tinha o Espírito Santo? Claro que tinha! Ele não usou este Dom porque não havia “necessidade”.

Exigir que todos os irmãos falem em línguas é querer dirigir o Espírito. É ir contra a soberania do Espírito Santo, pois somente ele é quem distribui os Dons como ele quer.(l Cor. 12:11). 

5. O termo “Língua dos Anjos” só aparece em l Cor. 13:1, quando Paulo assim diz: “Ainda que eu fale a língua dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine”. Paulo está apenas salientando que mais importante do que falar língua dos homens e dos anjos, é ter amor. Não está afirmando que esta manifestação estranha de língua seria Língua dos Anjos.
Observe que sempre que os anjos se comunicam com os homens, falam o idioma dos homens. Exemplos:

 Os anjos falam a língua de Ló.(Gênesis 19:15)
 Anjos falaram a língua dos pastores. (Lucas 2:8-14)
 Falaram a língua de Maria.(Lucas 1:26-28). Etc… 

6. Em Marcos 16:17 diz: “Estes sinais hão de acompanhar aqueles que crêem: em meu nome, expelirão demônios: falarão novas línguas”. O que significa falar uma nova língua na bíblia? O texto original grego responde.

Há duas palavras gregas diferentes para descrever nova língua: NÉOS e KAINÓS.
• NÉOS é novo no sentido de “tempo”, recente. Não existia antes.
• KAINÓS é novo na forma ou na “qualidade”. Algo que já existia.

Exemplo: A pessoa tinha um carro ano 71 e trocou por um ano 90. Para a pessoa que comprou, o carro é novo; significa novo na “experiência”, pois o carro já existia. Assim é o Dom de línguas. Para a pessoa que aprendeu a nova língua é nova (Kainós), mas o idioma já existia, já era falado por um grupo de pessoas. Só para a pessoa que aprendeu o novo idioma é novo ( Kainós).

Em Marcos 16:17 a palavra grega usada é KAINÓS e não NEÓS. Isto significa que Jesus prometeu aos seus discípulos falarem novas línguas que já existiam e não uma nova língua desconhecida até então.
No ano de 1955 na cidade de Malacacheta (MG), aconteceu um fato que merece nossa análise. Estavam reunidas em uma igreja, dezoito pessoas falando em “línguas”. De repente, tomados por um êxtase, investiram e mataram cerca de 4 crianças. Será que este espírito que possuiu aquelas pessoas era o Espírito de Deus? Claro que não! (Veja Gálatas 5:22-23). 

Certa vez um pastor foi em um culto desses para “testar” se realmente aqueles cristãos entendiam o que estavam dizendo. No decorrer do culto, recitou o salmo 23 em grego. Um dos membros daquela igreja levantou-se e foi “interpretar” o que o pastor falou. Disse que Deus estava pedindo para que todos entregassem o coração a Jesus, sendo que o pastor apenas falou o salmo 23 em grego, e ainda por três vezes! Imagine que “balde de água fria” foi para a congregação quando o pastor disse a todoso verdadeiro significado das palavras, e que o suposto tradutor estava mentindo. 

CONCLUSÃO: A língua falada é um sistema de linguagem em que os seres humanos dotados de inteligência se comunicam e se entendem perfeitamente. As línguas estranhas faladas hoje por muitos nada tem em comum com as mais de 3.000 línguas e dialetos existentes na terra. Por conseguinte, não possui valor nenhum para a identificação inteligente da fé Cristã. 

Texto elaborado pelos conselheiros e instrutores da Escola Biblica da Novo Tempo.

"DOM DE LÍNGUAS".

Desvendando o “Dom de Línguas” – Uma análise Judaico-Messiânica

Fonte: www.ensinandodesiao.org.br

Um dos objetos de estudo da teologia mais apreciado e estudado ao longo dos séculos é a profecia e o ato de profetizar. Tanto nos meios judaicos como nos meios cristãos, tem-se a figura do profeta נביא (Naví, em hebraico) como uma autoridade divina, sendo o “porta-voz” da vontade e do direcionamento de Deus a indivíduos e nações. Às vezes honrados e quase sempre perseguidos exatamente pela legitimidade de seu dom, os profetas hebreus desempenham um papel fundamental para a compreensão do Deus criador e seus propósitos para Israel e para a humanidade. Porém, este fenômeno bíblico, que em hebraico é chamado de  נְבוּאָה “Nevuá” (profecia), é bem mais vasto e rico do que sua simples tradução nos apresenta. O conceito de “profetizar” assumiu uma compreensão comum de “prever o futuro”, “anunciar juízos” ou “proferir bênçãos”. Porém, uma rápida análise semântica das ocorrências na Tanách do ato de “profetizar” nos mostra que tal fenômeno vai muito além das ações supra citadas, como veremos a seguir.

Como fruto da observação do fenômeno da profecia (Nevuá) nas Escrituras, encontramos um outro tipo de manifestação do ato de profetizar. A chamada “profecia extática” também pode ser evidenciada ao longo dos relatos Bíblicos, juntamente com a profecia “clássica” de antever, predizer ou anunciar claramente a vontade divina. Na profecia extática (que permeia o êxtase), vemos pessoas de variados contextos e origens sendo cheias da inspiração divina (Rúach ou Espírito de Deus) e traduzindo tal conteúdo espiritual (aparentemente desprovidas do ‘filtro’ do intelecto e da linguagem), externando os efeitos de tal experiência através da voz. Os sons emitidos por alguém que passa por esse tipo de “Nevuá” nem sempre obedecem às regras de linguagem que conhecemos. Muitas vezes, são externados sons e palavras que não são parte de uma língua conhecida ou falada, mas que, apesar disso, fazem parte do processo sobrenatural da Nevuá. Tal processo não se desdobra apenas na expressão de sons, mas também na COMPREENSÃO desses sons por parte de seus ouvintes. Em algumas ocorrências, como Números 11:25 ou I Sm 19:20, vemos que este tipo de profecia extática tem como principal objetivo servir de sinal e comprovação da operação divina a um público ou indivíduo específico.

Assim, a NEVUÁ extática é muitas vezes evidenciada em duas frentes:
1. Um emissor que FALA “em êxtase” pelo Rúach (à esse fenômeno a psicologia patológica dá o nome de línguas extáticas ou glossolalia);
2. Um receptor que ENTENDE pelo Rúach os sons incompreensíveis do emissor “em Nevuá” como se estivessem sendo proferidos em sua própria língua.

O famoso escritor e historiador judeu Joseph Klauser, em seu livro “From Jesus to Paul”, aborda o fenômeno Bíblico da “Nevuá” (glossolalia) conectando-o também aos eventos e relatos do Novo Testamento em Atos cap. 02,  I Co cap. 12 e cap. 14. (KLAUSNER, p. 273).

A psicologia também tenta, há décadas, entender este tipo especial de NEVUÁ. À ele foi dado o nome de GLOSSOLALIA (*) , que significa, “variedade de palavras”. Hoje, a psicologia já conseguiu explicar como o processo se desenvolve no cérebro do indivíduo, atestando sua veracidade. Segundo os estudos feitos, a glossolalia é um estado emocional que permeia o êxtase, não afetado pelo intelecto, externado pela pessoa através de uma “supra-linguagem” com sons e palavras incompreensíveis ao intelecto, mas que carregam a essência do que está enchendo a “psiqué” (alma) do portador.

Às vezes, este fenômeno da NEVUÁ ocorre nos relatos da TORÁ, sendo erroneamente traduzido como “profecia”, o que confunde o entendimento do leitor e leva-o a interpretar tal ato de “profecia” como um simples “predizer o futuro”. É claro que existe a profecia clássica onde se declara a palavra de Deus clara e diretamente, prevendo acontecimentos ou juízos. Porém, há fenômenos de Nevuá extática nas Escrituras que são mascarados sob a fraca tradução de “profecia”. Dentre os vários exemplos, podemos citar a ocasião em que o Rei Saul envia mensageiros para trazerem Davi, o qual estava na Casa dos Profetas, presidida pelo profeta SAMUEL. O texto diz:

“Foi dito a Saul: Eis que Davi está na casa dos profetas, em Ramá. Então, enviou Saul mensageiros para trazerem Davi, os quais viram um grupo de profetas profetizando, onde estava Samuel, que lhes presidia; e o Espírito de Deus veio sobre os mensageiros de Saul, e também eles profetizaram (teNAVU). Avisado disto, Saul enviou outros mensageiros, e também estes profetizaram (teNAVÚ); então, enviou Saul ainda uns terceiros, os quais também profetizaram (teNAVÚ). Então, foi também ele mesmo a Ramá e, chegando ao poço grande que estava em Seco, perguntou: Onde estão Samuel e Davi? Responderam-lhe: Eis que estão na casa dos profetas, em Ramá. Então, foi para a casa dos profetas, em Ramá; e o mesmo ESPÍRITO DE DEUS O ENCHEU, que, caminhando, profetizava (itNAVÊ) até chegar à casa dos profetas, em Ramá. Também ele despiu a sua túnica, e profetizou diante de Samuel, e, sem ela, esteve deitado em terra todo aquele dia e toda aquela noite; pelo que se diz: Está também Saul entre os profetas?” (1Sm 19:19-24).

Nesta e em várias outras ocasiões nos relatos bíblicos, vemos que o ato traduzido como “profetizar” não se caracteriza por um discurso direto e compreensível para uma platéia específica (pois tal cenário não existiu em tais ocasiões). Vemos aqui um fenômeno causado pelo encher do Rúach que é externado através de sons e palavras incompreensíveis ao intelecto, mas compreensíveis ao próprio Espírito. Isso é o que chamamos de profecia extática. É importante notar que, geralmente, quem escreve sobre um evento onde ocorreu uma profecia extática não escreve sobre o conteúdo dessa profecia, provavelmente pois o ouvinte não conseguia compreender o emissor. Apenas quando o ouvinte também é influenciado pela mesma fonte (Rúach), ele consegue compreender o conteúdo deste tipo de NEVUÁ.

Se notarmos também o evento ocorrido em ATOS capítulo 02, podemos ver que o que ocorreu assemelha-se muito ao processo de NEVUÁ (glossolalia) como os relatados no Tanách:

“…de repente, veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados (…) Todos ficaram CHEIOS DO ESPÍRITO SANTO e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem. Ora, estavam habitando em Jerusalém judeus, homens piedosos, vindos de todas as nações debaixo do céu. Quando, pois, se fez ouvir aquela voz, afluiu a multidão, que se possuiu de perplexidade, porquanto cada um os ouvia falar na sua própria língua. (…) tanto judeus como prosélitos, cretenses e arábios. (…) Outros, porém, zombando, diziam: Estão EMBREAGADOS! Então, se levantou Pedro, com os onze; e, erguendo a voz, advertiu-os nestes termos: (…) Estes homens não estão embriagados, como vindes pensando, sendo esta a terceira hora do dia. Mas o que ocorre é o que foi dito por intermédio do profeta Joel: E acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas PROFETIZARÃO (NIVÚ), vossos jovens terão visões, e sonharão vossos velhos;”  (At 2:2-17).

Vemos claramente que Shimon (Pedro) ao explicar para a multidão atônita sobre o fenômeno descrito acima, cita o profeta Joel cap. 02:28, afirmando que eles “NIVU” – PROFETIZARAM (não no sentido clássico de “profecia” – declarar ou prever juízos ou acontecimento futuros, mas da mesma forma que Saul profetizou em I Sm cap. 19). Tal como a Nevuá extática, o fenômeno ocorreu como sinal e comprovação do mover de Deus. O Eterno, visando testemunhar para os presentes e impactá-los com tal acontecimento, concede que parte da multidão pudesse compreender (cada um em sua língua natal) o que os discípulos “profetizavam”. Por esta razão, vemos que uma outra parte da multidão NÃO compreende e afirma que os discípulos estavam “bêbados” (At 2:13).

Ora, mesmo que um judeu do 1º século não falasse árabe, não seria difícil perceber quando alguém falasse o idioma árabe próximo a ele. Mesmo que não se entendesse o grego, um judeu do Egito daquela época poderia discernir quando alguém falasse grego próximo a ele, pois os sons e a entonação lhes seriam familiares. Assim, é certo que os judeus estrangeiros que ali estavam e que afirmaram que os discípulos estavam “bêbados”, não estavam escutando línguas existentes (como o árabe, o persa, ou o grego), mas sim, sons incompreensíveis ao intelecto, o que os fez pensar que tais homens estivessem bêbados. Isso caracteriza uma NEVUÁ extática ou GLOSSOLALIA. Por esta razão, vemos não existir diferença entre o fenômeno descrito em Nm 11:25, em I Sm cap. 19, em At cap. 02 ou explicado pelo rabino Shaul (Paulo) em I Co cap 12 e cap. 14. A NEVUÁ e o chamado “dom de Línguas” representam O MESMO AGIR SOBRENATURAL pelo Espírito de Deus. Todos são relatos e descrições do MESMO fenômeno Espiritual que nunca foi EXCLUSIVO do NOVO TESTAMENTO, mas sim, um mover e um dom do ETERNO já presente ao longo de toda a Tanách. É necessário, no entanto, perceber que Paulo refere-se ao dom da profecia extática como “variedade de línguas” ou “línguas estranhas” exatamente para diferenciá-lo do dom da Profecia clássica. O chamado “dom de línguas” não representa o falar em idiomas conhecidos pelo homem, como explicado claramente pelo Apóstolo: “Pois quem fala em outra língua não fala a homens, senão a Deus, visto que NINGÚEM o entende, e em espírito fala mistérios.” [1Co 14:2 ARA]). Quando alguém fala em línguas e outro ouvinte consegue entender como se fosse em seu próprio idioma, tem-se evidenciado uma intervenção divina (também chamado por Paulo de “dom de interpretação de línguas” – ICo 14:27-28).


quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

O PROFETA ESPERADO!



A "Vinda" do Messias e o "Fim do Mundo"

Fonte: www.mentesbereanas.org.br

“Dize-nos, quando acontecerão essas coisas? E qual será o sinal da tua vinda e do fim dos tempos?”

Esta foi a pergunta que os discípulos fizeram, depois de Jesus ter dado a eles uma notícia muito chocante. Depois de Jesus sair do templo, seus discípulos comentaram sobre a magnificência das construções deste. Em resposta Jesus disse:  

“Vocês estão vendo tudo isto?”, perguntou ele.“Eu lhes garanto que não ficará aqui pedra sobre pedra; serão todas derrubadas.” (Mateus 24:1-3).

Sem dúvida, os discípulos ficaram horrorizados com a notícia de que seu magnífico Templo seria um dia destruído. Em resposta eles fizeram a pergunta citada acima. O que os discípulos realmente quiseram dizer aqui é bem diferente do que muitos cristãos modernos entendem por estas palavras.

Embora Jesus tenha prevenido seus discípulos sobre sua prisão e iminente crucificação, eles não conseguiram compreender o significado do que ele estava dizendo. Sendo esse o caso, por que eles pediram um sinal de sua vinda se não sabiam que ele iria morrer em poucos dias? Por isso, precisamos considerar o significado dos termos gregos e do contexto cultural que influenciava o pensamento dos discípulos. - Lucas 18:31-34, Marcos 9:9, 10.

No versículo acima, a palavra vinda é a tradução da palavra grega parousia, sobre a qual o Dicionário Expositivo de Vine diz: 

"lit., "uma presença", para, "com", e ousia, "ser" (de eimi, "ser"), denota tanto uma "chegada" e uma conseqüente "presença com."... Paulo fala de sua parousia em Filipos, Filipenses 2:12 (em contraste com sua apousia, “sua ausência”; ver AUSÊNCIA)..." 

Assim, os discípulos perguntaram a Jesus, não sobre o sinal de sua vinda, e sim de sua presença. Qual era a importância desta questão? Durante seu ministério terrestre, Jesus não se proclamou publicamente como o Messias. Quando seus discípulos expressaram sua convicção de que ele era, ele advertiu-lhes para não tornar isso conhecido. [1] Ao perguntar “qual será o sinal da tua presença” [isto é, a do Messias] os discípulos queriam saber o que ele faria para apresentar-se publicamente aos judeus como o Messias. Com a notícia chocante sobre a destruição do Templo em suas mentes, talvez eles estivessem esperando ouvir que ele milagrosamente o salvaria ou reconstruiria.

Os discípulos perguntaram também sobre “o fim [grego, sunteleia] do mundo [grego, aion].” A respeito das palavras gregas usadas aqui o Dicionário Expositivo de Vine diz:
“[Sunteleia] significa "levar a cabo em conjunto" (sun, "com", teleo, “para completar”, semelhante ao nº 1), marcando a “conclusão” ou consumação das várias partes de um esquema. Em Mat. 13:39-40, 49; 24:3; 28:20, a versão “o fim do mundo” (texto da KJV e RV) é enganosa; a que está na margem da RV, "a consumação do século”, é correta. A palavra não denota uma terminação, mas a seqüência dos eventos até o clímax designado. Aion não é o mundo, e sim um período, época ou era na qual os eventos ocorrem.”

Como podemos ver com base nesta informação, os discípulos não estavam perguntando sobre o fim do mundo como o conhecemos, nem sobre a dissolução do universo. Eles estavam perguntando sobre a consumação de uma era na história. Que era? A expectativa judaica era que quando o Messias aparecesse ele iria estabelecer o seu reino em Jerusalém, libertar o povo do jugo da dominação gentia, e levar Israel a se tornar a superpotência do mundo. Levando-se esta expectativa judaica em conta, uma paráfrase da pergunta deles seria a seguinte:

‘Dize-nos quando será a destruição do Templo, e qual será o acontecimento por meio do qual você se apresentará publicamente como o Messias, de modo a levar Israel ao seu destino como potência?'

A maioria dos cristãos acredita que a realização da profecia feita por Jesus em resposta à pergunta dos discípulos se aplica a um tempo ainda futuro, quando o 'fim' deste 'mundo' ou 'era' em que vivemos agora irá ocorrer. Todavia, uma característica proeminente da pergunta dos discípulos, na verdade o próprio ponto que levou a essa pergunta deles, foi a revelação de que o Templo seria destruído. Nenhum templo como aquele existe hoje. Pode-se argumentar que o templo será reconstruído no futuro, para que esta profecia seja cumprida. Mas os discípulos não estavam interessados ​​em um templo ainda não construído, e que só o seria dois mil anos ou mais no futuro. Eles estavam preocupados com o templo que estava em Jerusalém naquele momento, um que eles pudessem ver com seus próprios olhos, e era sobre este Templo que Jesus falava.

Jesus advertiu: 

“Assim, quando vocês virem ‘o sacrilégio terrível’, do qual falou o profeta Daniel, no lugar santo — quem lê, entenda — então, os que estiverem na Judéia fujam para os montes.” (Mateus 24:15, 16).

Embora futuristas especulem sobre a forma como esta profecia será cumprida, a Bíblia não nos deixa à mercê dos palpites deles. O relato paralelo em Lucas nos diz claramente: 

“Quando virem Jerusalém rodeada de exércitos, vocês saberão que a sua devastação está próxima. Então os que estiverem na Judéia fujam para os montes, os que estiverem na cidade saiam, e os que estiverem no campo não entrem na cidade. Pois esses são os dias da vingança, em cumprimento de tudo o que foi escrito. Como serão terríveis aqueles dias para as grávidas e para as que estiverem amamentando! Haverá grande aflição na terra [2] e ira contra este povo. Cairão pela espada e serão levados como prisioneiros para todas as nações. Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos [3] deles se cumpram.” (Lucas 21:20-24).

O cerco de Jerusalém pelos exércitos romanos em 66 AD foi o sinal que deixou clara a iminente destruição daquela cidade e seu Templo. Durante a retirada temporária dos romanos, os cristãos judeus atenderam a advertência de Jesus e fugiram para as montanhas da Peréia. Em um cerco posterior, os judeus que permaneceram em Jerusalém morreram ou foram levados para o cativeiro.

No momento em que Jerusalém foi destruída no ano 70 AD, todos os detalhes da profecia de Jesus se cumpriram [4] , conforme ele mesmo declarou:

"Eu lhes asseguro que não passará esta geração até que todas essas coisas aconteçam." (Mateus 24:34) [5]
Os que não concordam com este conceito argumentam que a frase “esta geração” não significa a geração daqueles que ouviam Jesus, mas refere-se a uma geração futura. Pouco antes de ter esta palestra com seus discípulos, Jesus declarou "ais" contra os escribas e fariseus. Em uma deles Jesus disse: 

"Ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas!... "Serpentes! Raça de víboras! Como vocês escaparão da condenação ao inferno? Por isso, eu lhes estou enviando profetas, sábios e mestres. A uns vocês matarão e crucificarão; a outros açoitarão nas sinagogas de vocês e perseguirão de cidade em cidade. E, assim, sobre vocês recairá todo o sangue justo derramado na terra, desde o sangue do justo Abel, até o sangue de Zacarias, filho de Baraquias, a quem vocês assassinaram entre o santuário e o altar. Eu lhes asseguro que tudo isso sobrevirá a esta geração.” (Mateus 23:29-36).

Nenhum comentarista bíblico propõe que Jesus estava se referindo a alguma geração futura aqui. Que razão tinham os discípulos de Jesus, que o ouviam pronunciar estas desgraças, para extrair dois significados diferentes para a expressão "esta geração", principalmente se levarmos em conta que esses dois pronunciamentos de Cristo foram feitos dentro dum intervalo de poucas horas? 

Qual era, então, o sinal da presença (parousia) de Jesus, isto é, qual foi o evento que provou que ele era o Messias [6] pelo qual Israel esperava? Deuteronômio 18:18-22 relata que Deus disse a Moisés: 

“Dentre os seus irmãos lhes suscitarei um profeta semelhante a ti; porei na sua boca as minhas palavras, e ele lhes falará tudo o que eu lhe ordenar. Todo aquele que não ouvir as minhas palavras que ele falar em meu nome, eu o requererei dele. Mas o profeta que se houver com presunção, falando em meu nome uma palavra que não lhe ordenei falar, ou que falar em nome de outros deuses, esse profeta morrerá. Se disseres no teu coração: Como poderemos conhecer a palavra que Jeová não falou? Quando um profeta falar em nome de Jeová, se a coisa não se cumprir, tal coisa Jeová não falou; o profeta a falou com presunção, não terás medo dele.” (Sociedade Bíblica Britânica).

O surgimento dos exércitos romanos e a subseqüente destruição de Jerusalém e seu Templo provaram que Jesus era um profeta verdadeiro. Uma vez que Jesus afirmou ser o Messias - e um verdadeiro profeta não mentiria - esses eventos também provaram que ele é o Messias de Deus.

A TORAH E A CIÊNCIA (Fonte: www.chabad.org.br)

Recentemente, você mostrou-me uma carta que recebeu de um aluno da Colgate University em Hamilton, Nova York. Nesta carta, o missivista professa ser um verdadeiro pensador científico, e descrente no sobrenatural; ele também afirma que todos os fatos parecem estar em contradição com a existência de D’us, professa ser um "judeu liberal", etc., etc.

Não conhecendo o modo de criação deste estudante, nem o campo da ciência no qual ele se especializa, não posso tratar do assunto de modo mais aprofundado, especialmente em uma carta. Existem, porém, diversas observações gerais que posso fazer, as quais o mencionado estudante aparentemente deixou de lado, e que penso deveriam ser cuidadosamente consideradas por ele.

1 – A ciência não vem com conclusões precipitadas e crenças com a idéia de reconciliar e ajustar fatos a estas crenças. Ao contrário, lida com fatos e depois formula opiniões e conclusões. Abordar um assunto com a mente da pessoa abrigando idéias pré-concebidas não é o verdadeiro pensamento científico, mas uma contradição a ele.

2 – A ciência exige que nenhuma conclusão seja validada antes que pesquisa e estudo minuciosos sejam feitos sobre o assunto. A questão, portanto, apresenta-se: Quanto tempo e esforço o missivista acima mencionado devotou ao estudo da religião para justificar sua conclusão sobre o assunto?

3 – Um fato é considerado como um evento ou fenômeno atestado por testemunhas, especialmente onde a evidência é idêntica e vem de testemunhas de interesses variados, educação, origem social, idade, etc. Onde existe tal evidência, ela é aceita como um fato inegável, mesmo que não concorde com uma teoria científica. Esta é a prática aceita pela ciência, mesmo onde há diversas testemunhas confiáveis, e certamente centenas e milhares delas.

A Revelação Divina no Monte Sinai foi um fato testemunhado por milhões de pessoas, e todas o relataram em seus mínimos detalhes, acuradamente, pois todo o povo de Israel estava ao pé do Sinai e presenciou o fato.

Sabemos que isso é um fato porque milhões de judeus atualmente o aceitam como tal, porque eles o receberam como tal de seus próprios pais, estes milhões por sua vez receberam a prova da geração anterior, e assim por diante, numa corrente ininterrupta de evidência transmitida de milhões e milhões de testemunhas, geração após geração, até chegar aos milhões de testemunhas originais que viram o evento com seus próprios olhos.

Em meio às testemunhas originais havia muitas que eram iniciadas nas ciências daquela época (i.e., o Egito), muitas realizações que ainda são desconcertantes hoje em dia; havia entre eles filósofos e pensadores, bem como pessoas ignorantes e sem instrução, mulheres e crianças de todas as idades. Apesar disso, todas elas reportaram o evento e o fenômeno conectado a ele sem qualquer espécie de contradição.

Tal fato é certamente indiscutível. Não creio que haja um outro fato que possa ganhar desse em provas e acurácia. Negar tal fato é tudo exceto científico; é exatamente o oposto da ciência.

Cá entre nós, é desafortunado que esta diferença básica entre a religião judaica e outras seja tão pouco conhecida, pois o Judaísmo é a única religião que não está baseada num único fundador ou uns poucos, mas é baseada na Revelação Divina testemunhada por todo o povo, totalizando vários milhões.

Isso responde também à declaração de que "a aceitação da Torá como sendo a única verdade é perigosa" pois "seus autores não passavam de homens… e como homens não poderiam ser infalíveis." Os judeus aceitam a Torá exatamente porque foi outorgada por D’us, não pelo homem, e foi entregue na presença de milhões de pessoas que viram e assistiram com os próprios olhos e ouvidos. É por isso que a Torá é a verdade absoluta, pois D’us é absoluto.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

DEUS CRIOU O MAL?

Como Pôde Um Deus Santo Criar o Mal?

“Eu sou Jeová, e não há outro. Eu formo a luz, e crio as trevas; faço a paz, e crio o mal; eu sou Jeová que faço todas estas coisas.” – Isaías 45:6, 7 (Sociedade Bíblica Britânica)
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“Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos”, cantaram os serafins de Deus, conforme registrado em Isaías 6:3. O profeta Habacuque disse sobre Ele: “Teus olhos são tão puros, que não suportam ver o mal; não podes tolerar a maldade.” (Hab 1:13) Como é possível, então – refletem os homens de fé – um Deus Santo ter criado o mal, como o trecho de Isaías citado acima diz que Ele faz?

Uma leitura casual dessa passagem problemática tem levado a conclusões estranhas. Alguns concluíram que Deus criou Satanás, o Diabo e/ou os demônios já como pessoas maléficas. [1] Outros sugeriram que, se Deus pode criar o mal, não existem realmente espíritos maus ou demônios, sendo estes apenas figuras de linguagem bíblica ou personificações do mal.
Perguntamos mais uma vez: como pode um Deus Santo criar o mal?

Em primeiro lugar é preciso perceber que este trecho foi escrito originalmente em hebraico e depois traduzido para outros idiomas, incluindo os modernos. Como cristãos, acreditamos que esse trecho de Isaías foi inspirado por Deus e é totalmente verdadeiro. Mas sabemos também que a leitura dele nos idiomas modernos é uma tradução não inspirada, obra de homens imperfeitos. Poderia a seleção das palavras nas traduções ser menos precisa para o leitor moderno?

Antes de examinarmos essa expressão perturbadora mais de perto, vamos examinar a expressão oposta, fornecida no mesmo trecho, “faço a paz”. O termo hebraico traduzido como paz é shalom. Os comentaristas admitem que esta palavra das línguas modernas é muito mais limitada no significado do que o termo hebraico. De fato, nossa expressão paz e prosperidade chega bem mais perto do sentido exato. Isso nos leva a perguntar: será que o termo hebraico traduzido como mal também tem uma abrangência mais ampla de sentido do que a conotação usual do termo nas línguas modernas?

O termo hebraico traduzido como “mal” é rah. Pode significar mau ou mal, seja natural ou moral. Outras palavras modernas que poderiam ser usadas para expressar este termo são adversidade, aflição ou calamidade. Um desastre natural como um terremoto é rah, mas esse desastre não é mal em sentido moral. Conforme a Bíblia bem atesta, Iavé pode trazer a prosperidade para aqueles a quem Ele escolhe, e o desastre sobre quem Ele quiser. Como atos de julgamento, esses desastres são certamente rah para as pessoas sobre as quais eles sobrevêm, mas por serem atos de justiça de Deus, não podem ser considerados como moralmente iníquos.

Mas, o que dizer do mal em sentido moral? Será que Deus criou isso? Se Deus realmente criou o mal moral, não seria Ele, então, moralmente responsável pela iniqüidade cometida? À primeira vista, alguém poderia dizer que sim. Existe alguma maneira em que se pode afirmar que Deus criou o mal moral, sem fazer dele moralmente responsável? Façamos um exame da questão a partir deste ponto de vista.

Para nos ajudar a compreender, precisamos examinar a linha anterior deste versículo: “Eu formo a luz, e crio as trevas.” A escuridão existe na ausência de luz. A escuridão não têm ou nem precisa de uma fonte. A luz, por outro lado, precisa ter uma fonte. Sem a existência da luz, a escuridão seria universal, porém indefinível. Precisamos de um contraste para realmente compreender o conceito. Sendo este o caso, pode-se fazer a mesma pergunta na situação inversa desse trecho. Se a luz natural e as trevas estão sendo mencionadas aqui, teríamos então o seguinte trecho: eu crio a luz e formo as trevas. No entanto, Deus está falando sobre a luz e as trevas espirituais, de modo que o fraseado acima é que é o correto. O próprio Deus é a fonte de luz espiritual, e uma vez que Ele é incriado, seria errado dizer que Ele criou a luz espiritual; ela sempre existiu com Ele.

Como, então, Ele cria a escuridão espiritual? Por definir a luz espiritual, ou seja, dizendo o que ela é e o que não é. O mesmo acontece no caso de shalom e rah. Ele é a fonte, a própria personificação da paz. Portanto, teria sido incorreto dizer que Ele a criou, já que ela sempre existiu com ele. Mas, por dar a definição de shalom, Ele cria o rah.

Isto é verdade até mesmo quando passamos estes termos para o âmbito moral. Paulo nos ajuda a compreender isso com dois trechos do livro de Romanos:

... onde não há lei, não há transgressão.” (Rom. 4:15) “... Que diremos então? A lei é pecado? De maneira nenhuma! De fato, eu não saberia o que é pecado, a não ser por meio da lei. Pois, na realidade, eu não saberia o que é cobiça, se a lei não dissesse: "Não cobiçarás". Mas o pecado, aproveitando a oportunidade dada pelo mandamento, produziu em mim todo tipo de desejo cobiçoso. Pois, sem a lei, o pecado está morto. De fato a lei é santa, e o mandamento é santo, justo e bom.” (Rom. 7:7, 8, 12)

Deus, por definir o que era santo, justo e bom, criou o mal, mas sem ser moralmente responsável por ele. Considere o seguinte: Se o assassinato não é definido como um crime, então um assassino não é um criminoso. Se a cobiça não é definida como um pecado, então uma pessoa que cobiça não é um pecador. Ao estabelecer um padrão do que é certo, Deus criou o que é errado.

Mas a criação do mal por Deus não para por aqui. Ele concedeu a faculdade do livre-arbítrio à sua criação inteligente. [2] Ao criar uma situação na qual o mal moral pôde vir ao mundo, Ele o criou efetivamente, embora Ele mesmo não tenha criado pessoas iníquas, nem tenha praticado qualquer má ação. O que Ele fez foi criar seres com liberdade moral, dando-lhes um padrão do bem e do mal, e permitindo-lhes decidir livremente que caminho escolher. Dessas maneiras, Iavé Deus criou o mal, e ainda assim Ele próprio permaneceu santo.

FONTE: www.mentesbereanas.org